As guias na Umbanda
São colares ritualísticos confeccionados sob instrução exclusiva das entidades e dos dirigentes do Centro/Terreiro/Tenda cujas características variam de falange a falange, Orixá a Orixá, entidade a entidade. A utilização de colares ritualísticos remonta aos tempos mais antigos, visto que as civilizações Maias, Incas, Astecas, índios e africanos, que já as utilizavam não apenas como adorno, mas sim como proteção.
A Umbanda segue os preceitos da magia e da imantação de vibrações e energias! Estes “colares” são verdadeiros para-raios em defesa dos os médiuns. A guia é então, uma das inúmeras ferramentas utilizadas pelo médium Umbandista que serve como defesa deste que, muitas vezes, entra em contato com energias às quais ele não poderia suportar, daí a explicação para as guias que arrebentam…
Por ser de material altamente atrativo, a guia recebe toda a carga negativa que foi direcionada ao médium e arrebenta.
Cada guia é um objeto pessoal e intransferível (cada indivíduo e cada ambiente possuem um campo magnético e uma tônica vibracional próprios e individual – tanto positivo quanto negativo), cuja preparação deve ser feita sob as instruções mais rigorosas das próprias entidades, sejam elas na sua imantação, sejam elas no número de contas, sejam elas na utilização de cores. As guias são pontos de apoio nas “chamadas de vibrações” para cada médium e também são pontos de atração das entidades, servindo muitas das vezes como escudo na sintonia das vibrações. Ajudam nas vibrações dos chacras e em suas aberturas, avivando assim a frequência vibracional de cada entidade ou falange.
Uma das muitas dúvidas que existem pelos iniciados é com relação à sua confecção, que pode ser de várias maneiras, dependendo da casa em que cada médium está inserido, pela instrução das entidades ou até mesmo pela maneira de trabalho que destina sua finalidade. Existem guias feitas de fios de nylon, fios de algodão, contas de louça, contas de fibras naturais, sementes, dentes de animais e penas.
Existem também guias de aço, que geralmente são utilizadas com a finalidade única de “proteção”, até mesmo pelo seu material ser de natureza isolante, só muito utilizadas pelos cambonos/cambones, onde o cambono recebe influência diversas de vibrações próximos aos médiuns que trabalham juntos às suas entidades. É importante ressaltar, no entanto, que cada Centro/Terreiro/Tenda possui uma maneira distinta de trabalhar e que não existem regras específicas.
Tipos de guias
Existem pelo menos quatro tipos de guias que são utilizadas frequentemente pelos filhos de fé Umbandistas
São elas:
Guia de proteção;
Guia de tratamento;
Guia do Orixá;
Guias das Entidades.
Cada guia tem seu formato e cores específicas, como já lemos acima, ela será de acordo com a necessidade a que se destina.
Veja a seguir algumas características das guias mais utilizadas.
Guia de proteção
Geralmente, quando um médium entra para a religião e começa a trabalhar numa Centro/Terreiro/Tenda de Umbanda, pede-se para que ele providencie a sua guia de proteção.
Essa guia, não é uma regra, mas geralmente pede-se uma Guia de Oxalá, ou de Sete Linhas.
A guia de Oxalá é de cor branca. Oxalá é o Orixá Maior representado por Jesus.
Essa é a mais usada nos casos de proteção e tratamentos.
Já a guia de Sete Linhas, é aquela que tem sete cores, ou seja, representa os sete Orixás Universais da Umbanda, Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluayê e Yemanjá.
É utilizada também para proteção, pois significa que o médium está sob a proteção das Sete Linhas da Umbanda.
Guia de tratamento
Como vimos acima, usa-se muito a guia branca, pois ela tem, “também”, um efeito psicológico e emocional no tratamento.
Quando o indivíduo vai passar por um tratamento utilizando essa guia, é dito à ele que é uma guia devidamente cruzada para aquele tratamento, e que essa guia branca é a guia que representa a força ou vibração de Jesus, Oxalá na Umbanda.
Dito isso, a pessoa acaba tendo sua fé aumentada, só por ter dito que é de Jesus; e com isso se obtém melhores resultados no tratamento.
Existem casos em que a entidade lhe empresta ou te dá a guia Dele.
Nestes casos, quando você for presenteado com uma, não precisa repor; mas, quando for solicitada a sua reposição, não se esqueça de faze-la, existe aí uma grande ligação entre o indivíduo e a entidade.
Não necessita ter pressa, não! Entretanto a devolução é um meio pelo qual a Entidade tem a certeza de que o indivíduo “ao menos” tem interesse pelo “teu caso” e respeita o que a Entidade falou.
Guia do Orixá
É a guia que está ligada à faixa vibratória do médium e também é a guia que representa a linha das entidades que trabalham com esse médium.
Guia das Entidades
São as guias que possuem um padrão, ou seja, cada entidade pede sua guia de trabalho de acordo com suas necessidades. Por isso é que existem inúmeros modelos de guias tão diferentes umas das outras.
As guias das entidades devem ser feitas exatamente como elas pediram, pois tem grandes significados para elas.
Todavia, durante um trabalho espiritual ou ritualístico, notadamente antes de uma incorporação, o uso “indiscriminado” de diversas guias ao mesmo tempo, poderá prejudicar a sintonia do médium, uma vez que, diversas falanges serão atraídas ao mesmo tempo.
Sobretudo, o mais importante de fato, é que o Filho na Umbanda aprenda a ter fé e confiança nas Entidades e em nosso Divino Pai, não se apoiando em verdadeiras “muletas psicológicas” para se sentir protegido. Jamais.
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Por Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia
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