De onde surgiram as imagens da Umbanda?

Já se perguntou isso?
Já? Então leia!

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As imagens sacras são muito antigas tal qual as religiões e têm o poder de impor um respeito único aos frequentadores dos Centros/Terreiros/Templos, onde são colocadas justamente com a finalidade de induzir as pessoas a uma postura respeitosa, silenciosa e reverente. Pois.

Na Antiguidade mais remota as pessoas cultuavam os poderes do desconhecido “mundo espiritual” através da litolatria (uia que palavra difícil, até trava a língua mas significa: culto das pedras tidas como sagradas), da fitolatria (eita nóis outra palavra “daquelas”, mas era o culto à árvores tidas como sagradas), da hidrolatria (culto a rios ou lagos tidos como sagrados), e por aí o assunto vai, mas eu, fico por aqui em exemplos.
Uma divindade era identificada com um elemento da natureza e através dele a cultuavam.

Este hábito era comum a todos os povos distribuídos pelo Planeta Terra, ainda na Idade da Pedra. E com o tempo também foi aparecendo o culto a algumas pessoas tidas como superiores. Só porque realizavam fenômenos mediúnicos (mesmo sem saber que eram fenômenos mediúnicos, saca?!) ou prodígios magísticos, à volta delas criava-se toda uma mística que, mais dia menos dia, as divinizavam. Então, eram “entronadas” (que possuíam tronos) assim como deuses. E seus seguidores (igual temos nas redes sociais, percebe?), após sua morte, abriam o culto a elas, pois acreditavam que seriam amparados, dando início ao culto às figuras deles entalhadas em pedras ou troncos (Totemismo).

Com o tempo, as técnicas de entalhe foram sendo aperfeiçoadas e estátuas muito parecidas com os falecidos “incomuns”, começaram a serem feitas em série pelos artesãos de então, surgindo a antropolatria (culto a pessoas tidas como “deuses” ou divinizadas ainda em vida na carne). Vide Jesus Cristo, Buda, São Francisco, Padre Cícero, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier e muitos outros, que, ainda encarnados, já eram reverenciados pelos seus seguidores como pessoas portadoras de dons divinos e de mensagens religiosas poderosas.

Com isso explicado, então que fique ciente que o culto ou a postura reverente diante de imagens sacras é um recurso humano muito positivo, pois elas despertam nas pessoas o respeito, a reverência, a fé e a religiosidade. E Deus não pune ninguém por orar ao seu santo e fazer promessas (desde que as cumpra), assim como não vira o rosto se alguém ajoelhar-se diante da imagem de um santo ou de uma divindade para clamar por auxílio, pois ambos respondem, mesmo, a quem tem fé em seus poderes e ajudam segundo o merecimento de quem os evocou. E até realizam milagres, caso o Altíssimo lhes ordene. Certo?

Seria banal crer que só Jesus Cristo é um Trono de Deus que se humanizou e espiritualizou-se para melhor se fazer entender pelas pessoas? Tsc tsc tsc (isso é aquele barulhinho que se faz com a boca quando há uma reprovação! Pegou?)

Deus, o Divino Pai fala aos homens através dos homens e também responde aos nossos clamores através de suas divindades, sejam elas naturais ou espiritualizadas. Os que condenam a idolatria não fogem à regra e praticam a “simbololatria” (reverência a símbolos sagrados) ou a “cantolatria” (respeito, obediência e sacralização de frases cuja mensagem é religiosa e despertadora da fé dos seus crentes).

As aspas são minhas, pois acabei de criar estas duas palavras, já que muitos cabalistas creem, corretamente, no poder dos símbolos sagrados, e muitos creem no poder de certas frases, mantras, orações, etc. Saibam que, num determinado nível vibratório, tanto os símbolos sagrados quanto as palavras sacras têm, realmente, ressonância magnética e sonora que ativam mistérios de Deus e poderes de suas divindades.

Logo, caso alguém aprecie as imagens sacras, então não precisa temer a ira divina, pois Deus não “mede” a fé através da forma como se externa, mas sim através da sua intensidade e do respeito e reverência diante de símbolos sacros.

Além do mais, que diferença há entre uma imagem de Jesus Cristo, que em seu silêncio diz tudo o que se precisa ouvir e mostra em si mesmo tudo o que precisa ver para segui-lo rumo ao Pai, e a oratória inflamada de um pregador que, bradando seu livro santo, ameaça seus seguidores com o fogo do inferno caso não sigam à risca o que nele está escrito? Não sabe?

Bom, então respondo dizendo isto: uma imagem sacra de Jesus Cristo, para a Umbanda Pai Oxalá, no seu silêncio “religioso”, fala ao íntimo e faz vibrar amor e fé. Já o pregador inflamado, com seus berros e suas ameaças, apenas desequilibra o emocional de quem o ouve, e com seus gestos radicais apenas desperta o medo do inferno, mas não o verdadeiro amor a Deus ou ao seu filho unigênito, o nosso amado mestre Jesus.

Quem realmente ama Deus e tem fé no seu amparo divino não teme o diabo. Mas quem vive chamando Deus para combater os demônios que o apavoram e vivem “tentando-o”, este é só um ser emocionado e desequilibrado que ainda não vibra o verdadeiro amor e a pura fé N’Ele, o Criador.

Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé

 

Por: Alíssio Tully

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