Pretos e Pretas Velhas
Eles na Umbanda, são entidades elevadas que se apresentam estereotipados como anciãos negros, conhecedores profundos da magia Divina, da manipulação de ervas. São excelente mandingueiros, mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos e trabalhos espirituais.
Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro durante a escravidão, a linha de Preto-Velho reflita sobretudo a a Sabedoria, Humildade, a Paciência, a Perseverança e o Perdão. Não necessariamente todos foram escravos. Não. Sua Humildade e Sabedoria são características marcantes, sua calma e ensinamentos são profundos. Apresentam-se na Umbanda sentados em seus banquinhos atendendo seus “fios e fias” com uma linguagem simples, porém sábias. A principal característica desta linha é a sua elevada ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL.
Àqueles que os procuram oferecem conselhos, orientação espiritual; receitam tratamentos caseiros, banhos de ervas, chás, entre outros, para os males do corpo e do espirito.
Utilizam vários elementos nos seus trabalhos como o cachimbo, cigarros de palha (que usam como defumadores, para limpeza espiritual) e ervas.
A Linha de Pretos velhos na Umbanda é regida pelo mistério Ancião, na força do Orixá Obaluaê que é o Orixa sustentador da evolução, da transmutação e transformação dos seres. Mas os Pretos-Velhos também se apresentam dentro da linha de outros Orixás.
Em sua linha de atuação eles se apresentam com nomes que individualizam sua atuação, conforme o seu Orixá regente, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram, exemplo:
Congo – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Iansã;
Aruanda – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Oxalá. (Aruanda significa céu);
D´Angola – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Ogum;
Matas – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Oxóssi;
Calunga, Cemitério ou das Almas – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Omolu e Obaluayê;
Vale ressaltar porém que, Preto é Cor e Negro é Raça, logo o termo “preto-velho” torna-se característico e com sentido ape¬nas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria “Negro Velho”, “Negro Ancião” ou ainda “Negro de idade avançada” para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na “terceira idade” (a melhor idade, por assim dizer). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista, pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com seus cabelos brancos, cachimbo e de sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade sobre a alma, através da sabedoria vinda do Continente Africano.
Caboclos
Quem são os Caboclos na Umbanda?
Entenda:
Para entendermos a linha dos Caboclos, é necessário compreender que os Caboclos não necessariamente foram índios ou mestiços, e sim, que Caboclo é referente a um grau dentro da hierarquia umbandista, ou seja, é equivalente a um espírito que após sucessivas encarnações alcançou este grau evolutivo, possuindo vasto conhecimento e experiências relativas a natureza para que possa atuar nesta Linha de trabalho.
Assim, os que possuem esse merecimento de atuar nesta Linha, são exímios manipuladores de ervas, limpezas astrais, quebra de demanda, cura, elementais da natureza, dentre outros. Os espíritos que estão nesta linha atingiram a compreensão de que o ser humano faz parte da natureza como um TODO, agindo com devido respeito a todo e qualquer sítio vibracional, ou seja, a todos os Orixás.
A Linha de Caboclos diante da sua atuação para com o solo sagrado (local das Giras), médiuns e consulentes, fazem a função de preparo vibracional do ambiente, ou seja, já antes do começo dos trabalhos (Giras), mesmo que não seja uma Gira de caboclos, eles já se encontram manipulando o fito-plasma elevando a vibração do local e de todos que ali se encontram, fito-plasma este retirado do seio da vibração de Oxóssi (das matas, plantas, ervas, flores, cascas de árvores, raízes, etc…), que se acumulam perante o Congá para que tardar possa ser utilizado para diversos fins, tais como: Cura, descarregos, regeneração dos corpos espirituais e astrais, higienização do ambiente, sustentação energética do Corpo Mediúnico e entidades.
Existem as linhas de Caboclos voltados para a cura e equilíbrio espiritual, que normalmente são os mais conhecidos dentro dos solos sagrados (local das Giras), estes profundos conhecedores das ervas e seus princípios energéticos, com seus conhecimentos nos passam “receitas” e tratamentos espirituais para nos reequilibrarmos espiritualmente, emocionalmente e fisicamente. Nos religam aos pontos da natureza aos quais eles atuam, sendo assim nos conectando com a energia das matas, pedreiras, campinas, cachoeiras, mares, rios e demais sítios vibracionais, assim nos energizando e reequilibrando com os tais.
Assim como falamos destas linhas de trabalho de Sustentação e Cura, existem outras, tais como: Doutrinadores, quimbandeiros, guerreiros, justiceiros, dentre outras.
Na linha dos Caboclos, podemos notar que estes fazem movimentos como, estalar de dedos, bater no peito, bater o pé no chão, assoprar, assovios, brados e fazer gestos estendendo os braços. Estas atitudes muitas vezes incompreendidas pelos consulentes e até mesmo praticantes da religião são confundidas com meros “tiques” (manias), ou até mesmo como traumas de tal entidade, esta confusão feita pelas pessoas é a falta de informação e estudo a respeito destas atitudes que tem total fundamento.
O estalar de dedos e o bater de pés e mãos, tem diversos significados energéticos, pois todos os nossos chakras se ligam a certos pontos das mãos e dos pés, assim ao estalar dos dedos o Caboclo está descarregando energias deletérias (negativas) do médium ou do consulente, quanto pode estar provocando descargas energéticas para o melhor funcionamento dos chakras no consulente ou no médium. O bater de pés e mãos no chão normalmente está associado ao descarrego de energias retiradas do consulente e dissipadas ao contato com o solo. O bater no peito tem como efeito a ativação do chakra cardíaco no médium, melhorando assim a sintonia guia/aparelho. O fazer gestos com os braços tem como objetivo lançar “flechas energéticas” em direção ao altar, ativando as energias dos pontos de firmeza do Congá, conforme a energia que o trabalho necessitar. O sopro, é a manipulação do elemento ar e seus elementais, para a limpeza energética ou energização. O brado pode tanto ter a função de ativação de energias e chakras do médium para seu reequilíbrio energético ou emocional, como pode ser usado para impor respeito a espíritos levianos, os quais ficam paralisados ao ouvir o som emitido. Por último, os assovios tem como efeito impulsionar o campo energético dos médiuns e consulentes de acordo com a energia a ser trabalhada, sintonizando-os com as energias da natureza, equilibrando-os e liberando-os de cargas negativas, miasmas e larvas astrais.
Importante ainda destacar que os Caboclos atuam em diversas maneiras na atualidade, como citado acima, então mesmo a linha dos Caboclos sendo sustentada e regida pelo Orixá Oxóssi, haverá Caboclos de outras vibrações como, Ogum, Xangô, Yansã, Oxum, Iemanjá, e outros Orixás. Mas o que devemos entender é que os Caboclos por trabalharem nesta linha, serão sempre regidos pela vibração de Oxóssi, sendo assim, um Caboclo de Ogum, vai ser de Oxóssi/Ogum, e assim por diante.
Tendo em vista que a Umbanda é uma religião brasileira, esta linha foi criada simbolizando a origem desta nação, que vem da natureza, esta linha vem nos sintonizar as nossas origens, ao respeito e a importância que temos de ter com a nossa terra, eles vem nos relembrar que pertencemos a natureza, ou seja, se machucarmos a terra, machucaremos a nós mesmos. Os elementos da natureza e os seres humanos são parte de um todo, este criado por Deus (Olorum).
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Texto: Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia
Erês I
Erês (crianças) são entidades de evolução incontestável pertencentes a espiritualidade.
Incorporam nos médiuns em Centros/Templos/Terreiros de Umbanda, trazendo em si uma ALEGRIA e PUREZA toda peculiar de sua falange.
Gostam de brincar, cantar e dançar, quando na verdade são grandes trabalhadores da espiritualidade maior.
Não é à toa que a linha de crianças compõe a chamada “tríplice umbandista”, composta pelos Pretos-Velhos, Caboclos e Erês (crianças).
Essa linha é regida por Pai Oxumarê e possuem esse poder de renovação e notável capacidade de alegrar todos ao redor, o AMOR é a própria energia manipulada pelas crianças.
No decorrer das consultas, trabalham com seu elemento de ação sobre a Assistência, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas.
Por apresentarem aspecto infantil podem não ser levadas muito a sério, porém o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, que trabalhavam com a magia dos elementos.
Cosme e Damião foi o Santo Católico que concretizou o sincretismo com o Orixá Ibeji, das tradições afro. Assim sendo, as representações mais vistas dos Erês (crianças) nos Centros/Templos/Terreiros Umbanda são com imagens de Cosme e Damião, tradicionalmente conhecido com Santo protetor dos farmacêuticos e das crianças.
Os elementos e força da natureza correspondente a Ibeji são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos (água, terra, ar e fogo).
Eles são manipuladores das energias elementais e consecutivamente portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.
Estas entidades são a verdadeira expressão da ALEGRIA e da HONESTIDADE, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. Embora os Erês (crianças) brinquem, dancem e cantem oi tempo todo, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos.
Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem sexagenário e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes?!
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz.
Linha da Saude
O que é a Linha de saúde? Quem são os Mentores da Linha de saúde?
Basicamente, os mentores de saúde trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda.
Na linha de saúde realizada no C.E.U. Estrela Guia, não trabalham “apenas” Entidades com conhecimento na área médica, mas também àquelas ligadas à cura. É importante diferenciar a origem e a característica predominante de cada uma das ENTIDADES envolvidas, para que se tenha o real entendimento do valor dessa Linha de trabalho, de sua intensidade e de seu alcance nos sentimentos, sensações e necessidades da Assistência.
Falando inicialmente das Entidades, onde sua fonte de conhecimento, princípios de conduta e trabalho de energização, revitalização, cura física, para assim compreender de que maneira isso irá atingir da forma mais eficiente a Assistência.
Vale ressaltar que as Entidades ligadas à saúde pelo tratamento espiritual, não são necessariamente “Entidades Médicas”, mas sim espíritos/entidades que já trazem consigo ou mesmo quando encarnados adquiriram e exerceram conhecimentos e experiências ligados a benzimentos, cura doenças. Cada Entidades utilizara de diferentes fontes de trabalho dentro de suas especialidades, como reza, ervas, estudos, entre outros, para atender ao pedido dos que estão sofrendo.
As Entidades atuantes na linha de saúde são espíritos que quando encarnados adquiriram conhecimento relacionado à saúde, estudaram a anatomia humana, sua fisiologia, trataram doenças, ou seja, foram médicos de profissão, de estudo e formação. Por diversas encarnações, trabalharam em ambiente médico-hospitalar. Estudaram para isso, leram e escreveram livros, operaram, realizaram testes e experimentos voltados à pesquisa científica, sempre visando a evolução da Medicina, da cura e da ajuda ao próximo, enaltecidos pelos princípios de Nosso Pai Oxalá e um dos princípios básicos da Umbanda, a Caridade propriamente dita.
Ao retornarem ao plano espiritual, esses espíritos acumularam conhecimentos adquiridos na vida terrena, os quais, agora como espírito, serão aperfeiçoados e interligados com conhecimentos ligados a Cura espiritual. Sendo assim, essas Entidades, quando no plano médico possuem uma visão muito mais ampla da doença e do “paciente”, avaliando principalmente seu estado emocional, assim como o espiritual, suas cargas energéticas, tratando ambos os lados acometidos, ou seja, tanto o físico quanto o espiritual.
Há, porém, ainda na Linha de saúde, espíritos que quando encarnados utilizaram dos conhecimentos de Medicina e do corpo humano com intuito de maleficência, ou seja, utilizando os seres humanos como cobaias para experimentos, e um bom exemplo disso está na segunda guerra mundial, liderado pelo exército alemão.
Assim como os espíritos acima citados, esses também estudaram a Medicina e se formaram nessa profissão, porém utilizaram desses conhecimentos ora para interesses próprios, ora em condutas antagônicas à caridade e evolução do ser humano como espírito. Em outras palavras, esses espíritos foram contrários à visão médica de dar alento à vida e utilizaram de suas experiências para, por exemplo, provocar abortos, criar fórmulas que deterioram até de forma irreversível a saúde e provocam o envenenamento, a intoxicação, desenvolvem drogas que viciam a matéria e enfraquecem o espírito.
Cirurgia Espiritual
É realizada pelo mentor incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (o uso de uma faca – representando um bisturi – utilizado para “cortar” o mal no perispírito). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.
Fluidoterapia
É indicada pelos mentores da Linha de saúde e aplicada por médiuns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito, sendo a água o “remédio” metafísico, cujas propriedades variam de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Outros
Fora estes dois tratamentos, também são utilizados, cristaloterapia, chás e são indicados os banhos de equilíbrio e demais banhos que forem orientados pelos.
De onde surgem os Males Físicos?
A maior parte dos males físicos dos encarnados, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores desta linha nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura, mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a origem de tais males, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização, com a sua força de vontade e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.
Males Espirituais
São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto a pessoa é tratada também em sessões de descarrego na linha atuantes no C.E.U. Estrela Guia.
Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.
Quando a pessoa se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.
Entretanto, o princípio básico não somente da Cura, como de quaisquer outro tipo de necessidade é a FÉ.
A FÉ é o início de tudo que tange a Vida!
Por Mãe Kelly Sanchez
Ciganos
Quem são os Ciganos na Umbanda?
Entenda:
Os Ciganos inicialmente se manifestaram na Umbanda dentro da Linha do Oriente.
Anos à frente, vieram como Linha autônoma, ou seja, possuem sua própria Linha e com um campo especializado de atuação, que se volta muito para a magia visando à prosperidade, à união das famílias, ao amor, à cura, à quebra de magias negativas, à superação de preconceitos e de traumas e bloqueios emocionais.
A Linha dos Ciganos tem a Regência dos Orixás Egunitá (que inclusive é sincretizada com Santa Sara Kali, a Padroeira do Povo Cigano), Oyá-Tempo e Yansã.
A Linha traz o arquétipo de um povo muito Antigo e Místico, de “alma livre”, desapegado e, por isso mesmo, capaz de atrair a prosperidade no campo espiritual e material e de ensiná-la a quem precise.
Popularmente, às vezes se pensa que os Ciganos eram apegados a joias e metais preciosos, mas o que ocorre é que esses valores eram de fácil transporte para eles, que eram nômades, e assim procuravam ter meios de subsistência. O desapego e o senso de liberdade aparecem na sua maneira de viver, que é sustentada em suas crenças, tradições e na valorização da família. Nunca se envolveram em disputas por domínio ou conquistas.
Ao que tudo indica, de início não eram nômades, mas condições adversas os levaram a peregrinar em busca de sobrevivência.
Os Ciganos são grandes conhecedores da magia, alegres, amantes da natureza, muito voltados para a família, serenos e sábios conselheiros. São especialistas em preparar “remédios” com raízes, folhas, pós e pomadas. São portadores de uma Energia que favorece muito a prosperidade, pois estimula nas pessoas um sentimento de liberdade, de amor e celebração da VIDA, bem como o desapego, fatores indispensáveis para se atrair a ”boa sorte” e “a fortuna”.
O Povo Cigano traz uma extraordinária bagagem cultural. Por sua natureza nômade, os Ciganos viveram em diversas regiões do mundo, acabando por somar aos próprios conhecimentos aquilo que assimilaram de tantas outras culturas.
Ao longo da história, os Ciganos enfrentaram inúmeros preconceitos, desconfianças e acusações injustas, sendo banidos de muitas regiões do planeta. Eram fechados na sua maneira de viver, no sentido de que falavam um idioma próprio e nunca tiveram uma tradição escrita, tudo é passado oralmente; e, por serem muito místicos, pareciam sempre misteriosos. Muitos foram presos e escravizados; grande número deles foi assassinado na Inquisição e, mais recentemente, pelo nazismo onde neste caso no campo de concentração de Auschwitz, foram mortos quase 3000 em um único dia.
Todos os povos têm entre si bons e maus elementos; e com os Ciganos não poderia ser diferente. O que não se pode é julgar todos pelo comportamento da minoria. A causa de tantas perseguições foi a sua cor de pele e a sua mística (seus dons místicos), outro motivo nunca foi provado. Eles sofreram porque eram diferentes; e infelizmente até hoje “ser diferente” incomoda a alguns e gera atos de preconceito e de discriminação abomináveis.
Apesar disso tudo, os Ciganos souberam preservar sua mística, sua alma livre e suas tradições culturais; inclusive a partir do idioma, o Romani (ou Romanês), até hoje falado pela grande maioria dos Ciganos de todo o mundo. Eles mantiveram sua FÉ, suas crenças, sua sabedoria, sua magia, seu espírito livre de “Cidadãos do Mundo”, nunca lutaram por uma terra própria, não se apegaram a pedaço algum de chão. São “viajantes que dormem sob o teto das estrelas; filhos da Terra, da água, do vento, do sol, da lua, da chuva, do dia e da noite; e irmãos de todas as criaturas”,
Existe noção mais bela de vida do que esta: “ser um ETERNO viajante”? Afinal, estamos aqui de passagem…
Por toda a sua bagagem espiritual e cultural e por sua história de peregrinações e sofrimento, os Ciganos receberam do Astral Superior uma Linha de Trabalho que lhes rende homenagem. Não foram aceitos em alguns lugares, quando encarnados. Mas, ao desencarnar, conquistaram um Grau perante a Espiritualidade; vindo a somar suas forças às das demais Falanges de Trabalhadores da Umbanda, o que nos proporciona o privilégio de entrar em contato com esses espíritos antigos, que muito podem nos auxiliar, como de fato auxiliam, com sua sabedoria de vida.
Trabalham preferencialmente na Vibração da Direita. Os Ciganos gostam de música e dança. Suas Giras são envolventes, coloridas pelas suas vestes e, acima de tudo, pela sua energia alegre e amiga.
Usam muitos elementos magísticos, tais como: lenços e fitas coloridas, moedas, punhais, adagas, espelhos, taças, chaves, baralho, dados, pedras, runas, leques e incensos. Observam muito as fases da Lua para os seus trabalhos. No geral, a Lua Cheia é considerada a mais favorável, é a “lua madrinha” dos Ciganos.
A Gira de Cigano é praticamente uma Festa, com muita abundância, muita música, muita alegria, tal qual devem ser nossos dias.
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Texto: Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia
Marinheiros
A Linha dos Marinheiros da Umbanda trabalha no auxílio aos seres a partir do seu magnetismo aquático e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas. Nesta Linha se apresentam espíritos que em suas últimas encarnações foram marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, ribeirinhos, jangadeiros entre outros. É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.
Nos Centros/Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz muita alegria, com os médiuns incorporados assumindo uma postura leve, gingando de um lado para o outro, o que pode confundir, parecendo que estariam embriagados. Contudo, é importante destacar que NÃO ESTÃO EMBRIAGADOS, embora alguns médiuns por desinformação sugerem que estão. É apenas o magnetismo aquático que os fazem ficar “balançando”. Cada elemento tem o seu magnetismo, e os espíritos que se manifestam nesta irradiação têm magnetismo similar às características de sua Regência Divina, neste caso, um magnetismo “ondulante” de Mãe Iemanjá.
Ao incorporar em “seu” médium, o Marinheiro “bambeia”, lembrando o movimento de quem se equilibra no tombadilho de um navio ou de um barco em alto mar.
Desta forma, libera energias em formas onduladas e, através dos seus “balanços” libera ondas de forte magnetismo aquático que desagregam acúmulos negativos de origem externa e interna, equilibram nosso emocional e mental e nos dão condições de gerar coisas positivas em nossas vidas. Vale lembrar que as águas simbolizam as nossas emoções e estão ligadas à origem da vida. O contato com esses Guias realiza uma potente limpeza em nosso campo magnético, uma verdadeira “explosão” de energia equilibradora.
Os Marinheiros são Magos dos Mistérios Aquáticos. Atuam de forma única dentro da Umbanda, na manipulação de energias que nos libertam de bloqueios íntimos e nos dão equilíbrio emocional. Pode parecer pouco, mas hoje a própria ciência analisa e admite os efeitos dos distúrbios emocionais como geradores de várias enfermidades. De modo que a cura emocional é o primeiro grande passo para outras conquistas.
Os Marinheiros lidam com a assistência/consulência de forma simpática e extrovertida, “quebrando o gelo” propriamente dito e deixando-os à vontade, o que facilita a recepção dessas energias equilibradoras e curadoras.
Malandros
A Linha dos Malandros da Umbanda traz para dentro do ambiente Sagrado os excluídos da sociedade. São espíritos que em alguma encarnação, por conta do preconceito, foram considerados levianos e marginalizados pela sociedade, mas que lidaram com essa adversidade sem perder sua Fé, sua identidade e seu bom humor. Após desencarnarem, continuaram suas evoluções até alcançarem um Grau perante a Espiritualidade que lhes permitiu voltar à Terra na condição de Guias Espirituais, para nos reconduzir ao Divino.
Ao mesmo tempo, a Linha dos Malandros simboliza a aproximação dos excluídos com o Divino e ainda, para todas as pessoas, a possibilidade de uma reflexão sobre o preconceito e as exclusões sociais. Mas, primeiro, cabe lembrar que não se trata do “malandro” no sentido vulgar da palavra.
Os Espíritos que se apresentam na Umbanda dentro da Linha de Malandros vêm nos ensinar a flexibilidade, a capacidade de adaptação diante dos obstáculos, o “jogo de cintura” e o bom humor que se obtêm através do sentimento de Fé na Vida e em si mesmo e do equilíbrio das emoções, dos pensamentos e dos sentimentos. De alguma forma, em algum momento das suas existências, eles vivenciaram tudo isso e podem nos auxiliar.
Os Malandros nos ensinam que a vida é feita de experiências e todas visam nos ensinar algo de positivo; que não há obstáculos insuperáveis, pois as transformações promovem renovação e evolução constantes.
Exus
Na Umbanda, os Exus compõem uma Linha de Trabalho à Esquerda. São espíritos humanos que encarnaram diversas vezes cometendo erros e acertos, tal qual como todo ser humano, mas com um diferencial: se conscientizaram e retomaram o caminho da Lei Divina, obtendo permissão para se assentarem à Esquerda dos Orixás e trabalharem no auxílio para nossa evolução.
Os Exus atuam como Guardiões da Lei Maior. Absorvem e esgotam as negatividades dos seres que se desviaram das Leis do Criador, em qualquer dos ‘Sete Sentidos da Vida’; e posteriormente, vitalizam as qualidades positivas deles e então os neutralizam, deixando seus magnetismos aptos a que retomem o caminho da evolução, tarefa que compete a cada ser humano no planeta em que vivemos.
Exu lida com aspectos positivos e negativos da Criação. Exu rege sobre a dualidade; o que acarreta uma dificuldade na compreensão do Mistério Exu.
No ‘Princípio’, a ideia da Criação existia apenas “no íntimo” do Criador. “No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.) Deus ainda não havia “exteriorizado” a Criação. Tudo existia apenas no Íntimo do Criador. Em torno da morada interior do Criador só existia “o Vazio”.
Então, desde o Princípio, tal “Vazio” cerca e protege toda a Criação. E Exu é o Orixá Regente do Vazio. Tudo quanto seria construído por Olorum iria ocupar esse Vazio e dependeria da concordância de Exu. Então, os Orixás deram a primazia a Exu, pois do contrário nada poderiam construir.
Exu é ativo, mas também passivo e neutro. Exu guarda a quem faz por merecer o amparo da Lei Divina (atuação passiva). Mas também intervém como Executor da Lei contra quem viola as Leis do Criador, para esgotar suas negatividades (atuação ativa). Quando elas forem esgotadas, Exu vitaliza as qualidades positivas do ser (atuação ativa), para então neutralizar-lhe o magnetismo. A partir daí, aquele ser tem como recomeçar o trabalho evolutivo que a cada um compete.
Exu não ataca a ninguém. Exu só intervém por um comando da Lei Maior, ou quando é ativado magisticamente. Nos trabalhos religiosos de Umbanda, também a atuação de Exu é sempre delimitada pela Lei Divina, é sempre para o Bem.
Todas as Linhas da Umbanda são amparadas por um Mistério Divino e consecutivamente por um Orixá. Exemplos: os Caboclos manifestam o Mistério Caboclo, abalizados por Pai Oxóssi; Os Pretos-Velhos manifestam o Mistério Ancião, abalizados pelos Orixás Obaluayê e Nanã. E com os Exus acontece da mesma forma.
O Orixá que abaliza o Mistério Exu e às Entidades Exus é o Orixá Exu. Na Umbanda, este Orixá não é cultuado diretamente. Não. Entretanto está presente e atuante, pois as Divindades existem e estão presentes em nossas vidas, ainda que alguém não as reconheça. Por exemplo: quer se reconheça ou não que Oxalá e Oxum são Orixás, eles continuam existindo e atuando na Criação. Pois. O mesmo acontece em relação aos demais Orixás, inclusive ao Orixá Exu propriamente dito.
Na Umbanda o Orixá Exu recebeu a incumbência da Linha à Esquerda, na qual se apresentam os espíritos Exus, que recebem este nome porque trabalham na Força, no Poder e no Mistério do Orixá Exu e o manifestam entre nós quando dão consultas, passes, fazem descarregos, cortam magias negativas. Quando uma Entidade trabalha na Força, no Poder e no Mistério de determinado Orixá, então as Qualidades desse Orixá se manifestam por meio dela.
Os Exus recebem oferendas nos respectivos campos de atuação: matas, rios, lagoas, à beira-mar, cemitérios, caminhos, pedreiras e principalmente nas encruzilhadas, etc.
Todavia existem Exus trabalhando na Irradiação de todos os Orixás e os seus nomes ‘simbólicos’ indicam o campo de atuação de cada um e onde deve ser oferendado. Exemplos: Exu das Matas-Irradiação de Pai Oxóssi-recebe oferenda nas matas; Exu Caveira-Irradiação de Pai Omolu-recebe oferenda no cemitério, num ponto à esquerda no Cruzeiro; Exu do Lago- Irradiação de Mãe Nanã – recebe oferenda nos lagos e lagoas; Exu Porteira – Irradiação de Pai Obaluayê (porteira é portal, é passagem) – recebe oferenda à direita do Cruzeiro do cemitério; Exu do Mar – Irradiação de Mãe Yemanjá- recebe oferenda à beira-mar; e assim sucessivamente.
A origem do Orixá Exu enquanto Divindade está em Deus (Olorum). Todas as Divindades provêm de Deus. Mas em termos culturais, sabemos que o culto de Orixás vem da África, especificamente dos povos Nagôs, de língua Iorubá. Logo, a origem cultural do Orixá Exu também é Nagô-Iorubá.
Na língua Iorubá, Exu significa esfera ou círculo – uma referência mítica à qualidade do que não tem começo nem fim; ‘deus hermenêutico’ – oriundo da mitologia grega -, masculino e (comparativamente) uma síntese das atribuições arquetípicas do deus grego Hermes ou do romano Mercúrio, expressa mediação, ponte, ligação entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses. Esse mundo dos deuses também pode ser compreendido como o mundo do inconsciente, mundo dos sonhos, mundo dos mortos, mundo dos antepassados.
Os Exus fazem uso de masculinidade integrada, individualizada; daí o seu elemento ser o fogo e suas qualidades físicas se fazem representar por:
– um otá, objeto poroso e denominado de yangi – uma pequena pedra marrom;
– um molde de barro com forma humana;
O tridente é uma simbologia magística do ternário em conjunção com a ‘mãe terra’, ou seja representada pelas três pontas voltadas para cima, buscando alcançar o limiar das alturas e com isso, a evolução espiritual que se faz necessário a todos os seres, quer sejam encarnados ou desencarnados, e sendo que a sua base vai a terra, é indicativo que os Exus estão atreladas à vida mundana da terra e com ela buscam a sabedoria e o equilíbrio necessário para que assim possam crescer materialmente. O tridente em si mesmo, possui os quatro elementos primordiais: o ar água e fogo devido as suas três pontas voltadas para cima, e ao elemento terra (que é associado simbolicamente pelo número 4) devido a haste central que tem como base a terra, formando em si mesmo uma ferramenta magisticamente perfeita.
E para finalizar esta breve e superficial descrição, vale lembrar que as incompreensões, os preconceitos e as calúnias sobre as qualidades arquetípicas de Exu são resultantes de sua associação com o demônio cristão, criadas a partir século XVI, mais exatamente por Pierre Verger nos seus livros “Orixás” (Editora Currupio) e “Notas sobre o Culto de Orixás e Voduns” (Editora Edusp). Para a Igreja Católica da época nenhuma religião, além do Catolicismo, era válida. As outras religiões “não eram de Deus”; logo, suas Divindades também “não eram de Deus”, então só poderiam ser “demônios”…
Venha, vamos receber você de braços e coração abertos!
Laroyê Exu. Exu é Mojubá.
Pomba-gira
O que é uma Pomba Gira?
Pomba Gira é quem trás o sentido de ser mulher, e refere-se ao princípio feminino que está diretamente ligado a sensibilidade, a criatividade, a lua, ao ciclo, a capacidade de viver o tempo com ritmo diferente, de receber, de acolher, de enfeitar, de proteger, de lutar pelo bem-amado e a capacidade de se transformar em onça, leoa e materna. Esse princípio ainda estimula nos seres humanos o lado espiritual e a busca pelo encontro do sentido religioso.
Estimular é principal verbo que traz a Pomba Gira para todos que a procuram, estimular a viver, a amar, a sentir, a vencer e a perdoar.
Pomba Gira atua no campo dos DESEJOS.
Os desejos não realizados são algumas das causas dos maiores desequilíbrios humanos.
O verbo desejar para muitos “Ter Desejo” é proibido, é um tabu, pois relacionam com o sexo mundano e a perversão, entenda desejo tudo aquilo que realmente desejamos ser feliz e amados.
O “despertar” do estímulo, do gosto pela vida, o “start” para se levar adiante os esforços pela conquista de uma vida melhor, mais saudável e equilibrada, em todos os setores.
Ninguém esconde nada de Pomba Gira, ela enxerga tudo o que
está no interior de cada um, ela sabe quem é quem, ninguém se esconde dela ou consegue dissimular o que realmente é!
Astutas, conhecedoras das fraquezas e más intenções humanas.
Se faz necessário vigiar os pensamentos, ponderar as reais necessidades de vida e avaliar os desejos para se entrar em desequilíbrio.
Na Umbanda, há uma Linha de Entidades de Trabalho que se identificam como Pomba Gira (ou Pomba-gira) e que atuam na chamada Linha de Esquerda.
São espíritos humanos que tiveram várias encarnações e que, com o tempo, obtiveram a permissão da Lei Maior para se assentarem à Esquerda dos Orixás e trabalharem em favor da evolução.
Dentro da Umbanda, o nome Pomba Gira pode ser traduzido como: mensageira dos caminhos à Esquerda.
“Pomba” é um pássaro que já foi usado como correio (pombos-correios); e “gira” expressa a ideia de movimento, caminhada e deslocamento. Como essas Entidades atuam no mistério da Esquerda, vem o significado de mensageira dos caminhos à Esquerda.
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Por Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia
Exus-Mirins
Quem são os Exus Mirins?
Exu Mirim é uma falange de espíritos “infantilizados” que trabalham na linha dos Exus. São as “Crianças da Esquerda”. Militam ao lado dos principais Guardiões, os Exus. Estão para estes do mesmo modo que as “Crianças da Direita”(Ibejis) estão para Caboclos e Pretos Velhos. São grandes trabalhadores do astral e por terem a roupagem fluídica e o mental de crianças, apresentam características da personalidade infantil ainda em processo de lapidação. São os trabalhadores de Umbanda que muitos terreiros escondem ou deixam do lado de fora por não saberem como lidar com eles. Mas Exu, que é sábio e conhece a fundo os Mirins, sabe que o trabalho desses “Exuzinhos ” é imprescindível na corrente astral de Umbanda. Por isso acolheu esses espíritos em sua linha, e trabalha lado a lado com esses grandes “Pequenos Guardiões”. Exu Mirim é a criança que precisamos doutrinar e amar. Cabe ao médium conhecer e saber trabalhar com essa vibratória, doutrinando e nunca permitindo se influenciar pelo mental poderoso dos Mirins. O Médium deve agir como um tutor que precisa ser muitas vezes rígido e nunca se desequilibrar mentalmente quando estiver trabalhando com esses espíritos. Muitas das “façanhas” de Exu Mirim se devem ao comportamento do médium, o desequilíbrio e o ego propriamente ditos. Do mesmo modo que muitos discriminam e julgam os Exus, por desconhecerem que os excessos cometidos por essas entidades, partem muito mais do médium do que propriamente desses guias tão responsáveis e conhecedores do seu papel no astral. Os Exus Mirins foram vítimas da falta de conhecimento dos terreiros. Por isso foram julgados, sem direito a defesa, e condenados ao exílio.
Os Mirins são grandes trabalhadores do astral. Possuem grande conhecimento de magia e manipulam com maestria os elementais, ao qual pertencem a esta faixa vibratória. São frequentemente enviados, pelos Exus, aos submundos do astral como espiões. Sua sagacidade, rapidez e coragem fazem com que possam se infiltrar nas zonas inferiores sem serem percebidos. Quando enviados em missão desagregam e neutralizam trabalhos de magia negativada (também conhecido como magia negra) com a mesma facilidade que plasmam campos de força para a proteção de terreiros ou outros lugares sob a proteção dos Exus. Como quase não trabalham atuando em um médium, quando chegam nos terreiros demonstram certos hábitos adquiridos no astral, como esconder ou camuflar o rosto. Costume adquirido por frequentemente estarem infiltrados entre os espíritos da baixa espiritualidade. Por raramente estarem interagindo com médiuns, quando estão entre os encarnados se mostram ariscos e desconfiados. No entanto, quando respeitados e bem acolhidos demonstram fidelidade e até mesmo uma certa afabilidade.
Os Exus Mirins obedecem a mesma hierarquia que os outros Exus. Apesar de serem espíritos infantilizados, não deixam de ser EXUS. Óbvio. Trazem no ponto riscado: Os símbolos mágicos condizentes com a linha que trabalham. Os sinais cabalísticos identificam a falange a qual pertencem, o guardião a quem obedecem e o Orixá a quem estão ligados por afinidade. Recebem o nome de acordo com sua falange ou com o elemento natural que representam. Desta forma existem os Exus Mirins do fogo, da terra, da água e do ar, se apresentando com os nomes de Labareda, Foguinho, Faísca, Fagulha, Brasinha, Caveirinha, Calunguinha, Pó de Terra, Toco de osso, Toquinho, Tiquinho, Ondinha, Malandrinho, Corisco, Barinha, Fumaça, Trovoada e tantos outros nomes que se apresentam nos Centros/Terreiros/Tendas.
As crianças da esquerda existem. Isso é um fato incontestável. Pois.
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Por Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia