Orixá Iemanjá
Por: Alíssio Tully – C.E.U. Estrela Guia
Iemanjá é o Orixá regente sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente.
Iemanjá é a Mãe da Vida, é a água que vivifica. Seu campo de atuação é no amparo à maternidade, porque Ela é Senhora do Mistério Maternal. Simboliza a Manifestação das Qualidades Geradora e Criativa do nosso Divino Pai Criador. É o Orixá que irradia continuamente as qualidades geradoras da vida e da criatividade, abençoando todos os seres de forma natural, sem forçar ninguém. E sempre ampara aqueles que pedem e buscam essas bênçãos.
Iemanjá é a Divindade que na Umbanda é a Grande Mãe, a Mãe da Geração.
Ela irradia o tempo todo seu Fator Gerador e Criacionista, que estimula a geração e a criatividade das pessoas, trazendo oportunidades de crescimento nos Sete Sentidos da Vida, pois irá estimular a geração de vidas, de ideias, de fé, de amor e de conhecimento.
O principal elemento de Iemanjá é a água.
O mar é regido por Ela, pois origem da vida está na água. O mar representa todas as águas, já que todas as águas “correm” para o mar. E o mar “lava” os nossos problemas e mágoas e renova a nossa vontade de viver. Assim, podemos pedir a Iemanjá que nos ajude a lidar com as nossas emoções e a equilibrá-las.
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
Como surgiu a imagem de Iemanjá, uma das imagens mais populares do Brasil?
De acordo com o escritor José Beniste, esta imagem de Iemanjá usada pela Umbanda, da mulher pairando sobre as ondas, foi criada na década de 50 como uma forma da Dra. Dalla Paes Leme ser homenageada pelo marido.
Ela era alta, magra e tinha traços indígenas, por isso o quadro, que foi pintado a óleo, era de uma mulher morena de cabelos longos e negros. Este quadro percorria casas e terreiros, dentre os quais o de Benjamin Figueiredo, da Tenda do Caboclo Mirim, e a casa de Alziro Zarur que na época era Kardecista. Este mesmo quadro foi o que deu início às Giras de fim de ano promovidas pela Umbanda nas praias cariocas e cultuada no dia 02 de fevereiro pelo Candomblé.
Há uma outra versão que diz que a Dra. Dalla Paes Leme teve a visão de Iemanjá e que um artista teria feito a pintura.
O fato teria acontecido em 1955 e, a partir desse quadro, surgiram inúmeras imagens de Iemanjá presentes no imaginário dos Umbandistas.
Na edição 62, de janeiro de 1956, do Jornal de Umbanda, aparece a seguinte legenda referente ao quadro:
“Este quadro, que está percorrendo os Estados, está à disposição dos Presidentes e Chefes de Terreiros dos Centros, Tendas, Terreiros e Cabanas.
Àqueles que queiram receber a visita do Quadro de Iemanjá da Bahia, ou adquirir gravuras do respectivo quadro, dirijam-se a D. DALLA – Rua Visconde de Rio Branco, 38 (centro) – Rio – Tel. 22-2689 – Livraria Freitas Bastos – Largo da Carioca – Bazar Santa Sofia – Rua Santa Sofia, 2 – Tijuca e em diversos Centros e Tendas”!.
O Jornal de Umbanda, número 78, de abril de 1958, registrou a presença do quadro de Iemanjá em Niterói:
Desde o dia 25 de janeiro, quando tiveram início as festividades de 6º aniversário de fundação da Tenda Espírita Tujupiara, que se encontra na cidade de Niterói, o belo quadro de Iemanjá, para lá levado em procissão marítima pelos componentes do Centro Espírita São Thiago de Circular da Penha. No dia 21 de fevereiro, a Tenda Tujupiara fez levar em bela procissão, à noite, sob as luzes de milhares de velas, com enorme acompanhamento, o referido quadro para o Centro São Sebastião, sito à Travessa Filgueiras, no bairro do Fonseca, e que obedece à direção material do irmão Custódio, seu presidente e que tem como Ialorixá a irmã Maria de Oliveira. Ofereceram os componentes deste conceituado Terreiro uma magnífica manifestação à chegada do quadro e a todos que acompanhavam a procissão. Foi aí igualmente homenageada a Comissão de Divulgação do Quadro de Iemanjá, na pessoa da Dra. Dalla Paes Leme, que, junto com os demais membros, acompanhou a procissão até aquele local. No dia 1º de março, o Centro São Sebastião conduziu o quadro de Iemanjá para a Casa de Caridade Nossa Senhora da Glória – Terreiro do Caboclo Tupinambá – à Rua Álvaro Neves, 121, também no Fonseca, em bela romaria que reuniu mais de uma centena de filhos de fé, apesar do temporal que caiu na ocasião.
A Dra. Dalla Paes Leme presidia a COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO DA IMAGEM DE YEMANJÁ. Era uma umbandista fervorosa, filha de Yemanjá, muita ativa nos eventos umbandistas. Apresentamos uma matéria do número 82 do Jornal de Umbanda, de agosto de 1958, relativa à homenagem à Rádio Guanabara e ao jornalista Átila Nunes.
Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!
Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé
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