Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa religião cresceu e se diversificou, dando origem a diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação dos espíritos para a caridade.
O surgimento dessas diferentes vertentes é conseqüência do grau com que as características de outras práticas religiosas e/ou místicas foram absorvidas pela Umbanda em sua expansão pelo Brasil, reforçando o sincretismo que a originou e que ainda hoje é sua principal marca.
– Umbanda Branca
– Umbanda Kardecista
– Umbanda Omolocô
– Umbanda Almas e Angola
– Umbandomblé
–Aumbhandã
– Umbanda Guaracyana
– Umbanda dos Sete Raios
– Umbanda Esotérica
– Umbanda Sagrada
– Umbanda Espiritualista
Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
é o reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
A Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há…
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !
Em 15 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Umbanda. A data foi oficialmente instituída pela presidenta da República, Dilma Rousseff, através da Lei 12.644, de 16 de maio de 2012, também assinada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Ministério da Cultura (Minc).
A proposta de oficialização da data surgiu com o Projeto de Lei da Câmara nº 187, de 2010, que teve como justificativa o direito constitucional à liberdade de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos.
1 – Umbanda é uma religião espiritualista de doutrina afro-indígena-euro-brasileira.
2 – É uma religião monoteísta, que crê na existência de um Deus único, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, eterno onipotente, onipresente, soberanamente bom e justo.
3 – A Umbanda crê e cultua de forma própria os Orixás Africanos sincretizados com os Santos Católicos, Guias e Mentores Espirituais que, como ministros de Deus, zelam e O auxiliam na realização de Sua obra.
4 – A Umbanda crê na reencarnação e na incorporação das entidades espirituais, em vidas sucessivas, no aprimoramento espiritual e aperfeiçoamento do ser humano para conduzi-lo a Deus.
5 – O espírito denominado Caboclo das Sete Encruzilhadas, incorporado no médium Zélio Fernandino de Moraes no dia 15 de novembro de 1908, em São Gonçalo das Neves / RJ – data que reconhecemos como sendo o nascimento da Umbanda – anunciou: “Com os espíritos evoluídos e adiantados aprenderemos; aos atrasados ensinaremos e a nenhum negaremos uma oportunidade de comunicação”.
6 – A Umbanda considera a natureza com tudo que ela encerra como a obra máxima do Criador, sendo o altar de Deus – o lugar onde se pode com Ele conversar, porquanto, preservar a natureza é obrigação de fé de cada umbandista.
7 – A Umbanda é uma religião sincrética fruto da cultura religiosa de três segmentos: branco do elemento europeu, colonizador; negro – escravizado na África para laborar na terra e o indígena que já ocupava esta terra, portanto, não admite qualquer forma de preconceito, discriminação ou intolerância.
8 – A Umbanda tem liturgia e ritos próprios derivados da diversidade de raças e culturas que a fundamentam. São práticas litúrgicas umbandistas:
8.1 – A preparação e formação mediúnica e sacerdotal;
8.2 – O Batismo;
8.3 – O Casamento;
8.4 – Os Ritos Fúnebres.
9 – Constituem símbolos da Umbanda:
9.1 – O Hino a Umbanda;
9.2 – A Bandeira da Umbanda;
9.3 – O Juramento Umbandista.
10 – Sendo a Umbanda a manifestação do espírito para a prática da caridade deverá sempre ser exercida sem remuneração, salvaguardada a sustentação financeira da organização religiosa.
11 – O adepto da religião de Umbanda deve sempre seguir a ética religiosa e a lei dos homens.
12 – Todo irmão umbandista que desejar fazer parte do corpo mediúnico de um Templo deverá prestar o “Juramento Umbandista”.
13 – A Umbanda defende uma sociedade em que todas as religiões sejam igualmente respeitadas, a promoção da tolerância como princípio republicano e a preservação da educação pública laica.
14 – A Umbanda será sempre uma casa de portas abertas para todos.
Justos e perfeitos, os subscritores desta, a qual estará aberta a adesões, reafirmam o compromisso permanente com o engrandecimento da Umbanda e seus valores magnos.
São Paulo, 13 de novembro de 2015.